A Modernização é um período da História de Porto Claro que vai da ascensão de Leonardo I até a abdicação da Rainha Ana Paula.
Industrialização
Leonardo I subiu ao trono com a promessa de ser um renovador e de realmente guiar o país. Passou a exercer o poder de fato, subjugando o Conselho e instituindo uma ordem muito própria. Trouxe indústrias para Porto Claro, estabeleceu umas poucas relações diplomáticas, modernizou as demais cidades, comprou máquinas, se aproveitando dos bons preços do pós-guerra, afastou os antigos presos da Guiana Francesa e se aproximou do Brasil. Foi Leonardo que começou uma reurbanização na capital, tirando o aspecto de cidade colonial dela e possibilitando a construção de novos prédios. Foi também durante o reinado de Leonardo I que se construiu o Palácio Chifon, sede da monarquia, no alto de um morro bem no fundo da Enseada de São Herculano. Afastou o país do socialismo, para evitar complicações na América, mas não permitiu a entrega de Porto Claro ao capital estrangeiro. E até mesmo, no final da vida, enfrentou uma ameaça de invasão do Brasil. Por isso tudo, Leonardo I passou à História com o epíteto de “o Grande”.
Durante esse período de industrialização acelerada, surgiram vários clãs na capital, entre eles o de Charles L’Ambert, que em pouco tempo viria a ser um importante empresário.
Leonardo I não consegue fazer um grande período no trono, pois já fora coroado na meia-idade. Mas tentou preparar o filho, com o mesmo nome, para sucedê-lo. Até casa-o cedo, com a filha de um industrial de origem brasileira, para garantir a continuidade, e não morre antes de ver o neto. Mas não adiantou: o príncipe era fanfarrão, gostava de rock e só queria saber de festas e eventos artísticos, sem o menor tino para a política. Leonardo I morre em 1963, mas no mesmo ano, meses depois, Leonardo II abdica em favor do filho, abandonando o país e a mulher, a Rainha Ana Paula.
Rainha Ana Paula
Como Leonardo III ainda era um bebê, Ana Paula teve que assumir a regência, mas logo se tornou monarca de fato. Inclusive porque foi-se percebendo um problema grave no príncipe. Com o tempo, descobriu-se que ele sofria de autismo.
Ana Paula foi sem dúvida a melhor monarca que Porto Claro já teve. Foi a que liderou o país na grande aproximação com o Brasil, que consolidou o predomínio da massa lusófona sobre os francófonos, que aportuguesou o nome Mesquitte para Mesquita, tornou o português a única língua oficial, que exerceu um governo democrático com muita consulta popular e eliminou a aristocracia preconceituosa de seus círculos de relacionamento. Era vista, pela população em sua maioria, como “uma grande mãe”, protetora da Nação e educadora também.
Esse espírito maternal, que se confirma para Ana Paula, devia-se em grande parte à preocupação da monarca em preparar o Reino para seu filho Leonardo que, ela acreditava, deveria vir a ser um bom rei. Antes de ser abandonada pelo marido, Ana Paula teve Leonardo e Luis Chifon, sendo que o mais velho, apesar de ser herdeiro, não apresentava muitos sinais de que reinaria bem. Desde cedo os médicos avisavam que ele tinha distúrbios mentais e até uma certa esquizofrenia. Isso preocupava a monarca.
Em 1974, após um longo período de negociação, Ana Paula assina com o governo militar do Brasil um tratado de proteção, tentando livrar Porto Claro da ameaça de alguma intervenção por parte da política de big stick dos Estados Unidos.
O Príncipe Leonardo já deixava claro que não ia conseguir reinar. Quase matou a mãe de desgosto, mas ela insistia em pôr o filho no trono. Queria vê-lo coroado, mas não assistir à desgraça de seu reinado. Por isso, em 1985, abdica em favor do príncipe e deixa o País, não sem antes assegurar-se que o filho de Chifon seria o herdeiro.